A Cidade das Feras
– Isabel Allende

O filho de um médico e de uma dona de casa foi afastado da família, devido à necessidade de tratamento da mãe.

Encaminhado, pelos pais, para Nova York ao encontro da avó paterna Kate Cold, com pouco dinheiro no bolso e sem saber se locomover na cidade, foi surpreendido com a ausência da avó no aeroporto.

Terminou se submetendo aos préstimos de uma garota, que tinha o intento de roubá-lo.

Alexander Cold, sem dinheiro, teve que se revolver pedindo informações até chegar à casa da avó.

A recepção não foi das melhores.

A escritora, aventureira, que presta serviços para a Internathional Geographic não fez gracinhas para o neto.

A floresta como destino

Assim que o recepcionou, em seu exótico apartamento, o preveniu sobre as aventuras que os esperavam.

Viajariam para a Floresta Amazônica em uma expedição que tinha o objetivo registrar a existência de uma fera que estava aterrorizando aos que visitavam a região.

Na Amazônia, o protagonista conhece Nadia, filha do guia local, que se torna sua companheira na aventura.

Os ensinamentos dos enigmas da natureza amazônica foram absorvidos por Alex durante a convivência com Nadia e ao perceber a diferença entre as suas experiências aderiu aos conceitos naturalistas e tornou-se defensor de uma tribo indígena conhecida como Povo da Neblina.

Olho do Mundo

A tribo acreditava que a sua permanência e preservação dependia da existência da fera, portanto, procurava manter distantes os interessados nas riquezas da região, conhecida como Olho do Mundo, numa demonstração de interatividade da natureza.

A expedição tornou-se uma aventura digna de emoção, desconfiança e surpresas.

Houveram momentos que os participantes, com objetivos divergentes, não conseguiram identificar, entre si, os aliados, devido às atitudes suspeitas.

Xamã do Neblina

O que parecia lógico tornou-se surpreendente e os desaparecimentos de Nadia e Alex, sequestrados pelo Povo da Neblina, deixou sem rumo os membros da expedição.

A aventura é contada em linguagem acessível, mesclada com simbologias e crenças religiosas comuns na Floresta Amazônica, rodeada de visões e aparições de Xamã, além de incorporações de personalidades animalescas.

Alex, o protagonista, foi respeitado como um jaguar e Nadia se sentiu a rainha do céu, disse:

“Ela era Águia, a ave de voo mais alto, a rainha do céu, aquela que faz seu ninho onde só os anjos conseguem chegar”.

O livro mostra a que ponto a ambição leva o homem na conquista dos objetivos econômicos e políticos, o envolvimento de estruturas e autoridades nos processos.

Chama a atenção para o desconhecimento das etnias, cuja percepção só ocorre com a aproximação e convivência.

Isabel Allende

A escritora chilena é filha de diplomata e sobrinha do presidente chileno Salvador Allende.

Após o golpe militar no Chile e a morte de Salvador Allende, em 1973, o clima de terror obrigou-a a abandonar o país e refugiar-se na Venezuela.

Em Caracas, trabalhou como repórter e professora de idiomas.

Escreveu histórias infantis, além de peças teatrais.

Depois de se divorciar do primeiro marido, Miguel Frías, mudou-se para a Califórnia (EUA), onde, em 1988, se casou com o americano Willie Gordon.

Escreveu A Casa dos Espíritos (1982), De amor e de sombra (1984), Eva Luna (1985), Histórias de Eva Luna (1989), Paula (1991), Plano infinito (1993), Afrodite (1994) e Filhas da fortuna (1999).

Referência bibliográfica

Allende, Isabel, 1942
A cidade das feras / Isabel Allende; tradução de Mario Pontes: – 4ª Ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
Tradução de: La ciudad de las bestias
ISBN 85-286-0977-4
Romance chileno. I. Pontes, Mario, 1932-. II. Título.

(R)