A história fantasmagórica, escrita por Gogol, revela uma crítica ferrenha à sociedade de São Petersburgo, na Rússia.
O nariz do major Kovaliov é encontrado pelo barbeiro, Ivan Iákovlevich, dentro de um pão, durante o seu café da manhã, que, de pronto, o reconhece.
Decidido a se desvencilhar do achado, para não ser incomodado por agentes da autoridade, saiu à rua carregando o tal apêndice e terminou sendo surpreendido em todas as tentativas que fez para depositá-lo em algum lugar.
Enquanto isso, ao acordar, o major percebe que o seu importante nariz não se encontrava no rosto e decide recorrer a vários meios para reavê-lo e tenta identificar o responsável pela façanha.
Diante da perplexidade que o episódio ensejou, a polícia se esquivou de iniciar um procedimento e a imprensa, por sua vez, decide não publicar um anuncio, encaminhado pelo major, acerca do detalhamento do nariz.
Depois de flagrado o nariz em situações exorbitantes, o major Kovaliov recorre a um médico para recolocá-lo no devido lugar e, para sua surpresa, é informado da impossibilidade.
No dia seguinte, ao acordar, o nariz fujão reaparece, são e salvo, no rosto da autoridade.
Gogol, com esta história hilária e surreal, debocha e cobra, do seu jeito, o respeito da sociedade pela condição humana.
Nicolai Vassilievitch Gogol
Nasceu na Ucrânia em 1809 e foi para São Petersburgo aos vinte anos.
Considerado um dos mais importantes escritores russos, escreveu Almas Mortas, O Capote, O Inspetor Geral, O Retrato, O Diário de um Louco, dentre outros. Morreu em 21/02/1852.
Referências bibliográficas
Gogol, Nicolai Vassilievitch, 1809-1852
O Nariz
CARA ESSE LIVRO E MUUUITO CONFUSO E SURREAL !